quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CAPA DO LIVRO: UM OLHAR VALE QUE MIL PALAVRAS - A História de uma cortesã

                               Prólogo
 Em uma de suas encarnações, Emanuelizia foi uma jovem de origem muito humilde, nascida e criada na Espanha, em uma vilazinha chamada Valença. Sua beleza era sem igual e, com isso, Emanuelizia conquistou os corações de muitos jovens pretendentes. Mas essa jovem romântica e sonhadora – como todas as jovens de sua idade ainda com dezesseis anos – só tinha olhos para seu primo e pretendente, Maxuel. Emanuelizia era uma moça dedicada à família, cuidava da casa e dos quatro irmãos: Eulália, Pietro e as pequenas gêmeas ainda recém-nascidas.
   No entanto, em troca recebeu a traição por parte do primo, e também noivo, e da irmã Eulália: esta engravidou de Maxuel. Emanuelizia, decidida a nunca mais amar, trancou por muito tempo seu coração. Mas, por uma trapaça do destino, deparou-se com certo jovem enquanto caminhava à beira-mar, descalça – como sempre gostou de estar – seus olhares fitaram-se e foi inevitável: estava presa ao amor.
       Emanuelizia conheceu o homem que seria não só o seu amor verdadeiro, mas também o motivo de toda a sua degradação humana... Ele vestia-se como um lorde de fino trato, cuja teia teceu em volta da inocente donzela, fazendo-a sonhar de novo... Emanuelizia caiu sob o maior de todos os feitiços: o amor. Os anos se passaram e este relacionamento não deu certo, o que levou Emanuelizia a refletir melhor sobre o suposto amor que sentia por Henrico.
       Em uma de suas caminhadas solitárias, a jovem foi abordada por seis homens. E no momento exato em que achou que seria salva por seu suposto amor, este simplesmente a surpreendeu com a traição e também abusou de Emanuelizia. Influenciados pela bebida, diziam que Emanuelizia não era mais donzela – pois por ela ter sido noiva e por eles não saberem da verdadeira história da separação entre o casal, julgavam-na mal.  Emanuelizia foi violada à beira-mar tendo apenas o Sol por testemunha. Ela, indefesa, nada pôde fazer nas mãos de sete homens, cuja maldade desgraçou toda sua vida inocente...
     Ao chegar em casa rasgada e suja de sangue, a mãe ouviu calada e tentou ajeitá-la para que o pai não a visse naquele estado lastimável... Mas os meses foram se passando e o fruto daquela maldade estava crescendo... A mãe enrolava e apertava a barriga da jovem mais e mais, com faixas e espartilhos. Porém, os desmaios e enjoos eram constantes e inevitáveis. Seu pai, ao descobrir que Emanuelizia estava grávida, esbofeteou-a e a pobre caiu ao chão, sem nenhuma defesa...
       Emanuelizia perdeu o bebê, o único que tivera em toda aquela encarnação... Seu pai a expulsou de casa com as roupas do corpo. Emanuelizia, para sobreviver, prostituiu-se pelas ruas de uma cidadezinha interiorana da França e até roubou. A sua beleza, porém, logo chamou a atenção de um conde. Ele a levou para o seu castelo, onde construiu para ela um enorme casarão. 
Emanuelizia acolheu em sua casa todas as moças rejeitadas e maltrapilhas que encontrava pela frente... Entre elas, Eleanor, que por ter o mesmo nome de sua mestra fez com que Emanuelizia a escolhesse como discípula. Porém, essa mulher era uma traidora.      
    Eleanor não só traiu Emanuelizia como foi expulsa do meio das meninas do casarão e, levando com ela um exército de mulheres, jurou vingar-se. Eleanor mandou colocar fogo na casa onde Emanuelizia viveu com suas acolhidas (filhas).
     Emanuelizia conseguiu vingar-se dos sete homens que a estupraram, deixando o sétimo homem por último. Para saber mais sobre essa história, leia Um olhar vale mais que mil palavras – A história de uma cortesã.

 Sinopse

  ...Ela foi uma jovem de origem muito humilde, nascida e criada na Espanha em uma vilazinha chamada Valença. Sua beleza era sem igual e, com isso, Emanuelizia conquistou os corações de muitos jovens pretendentes. Mas essa jovem romântica e sonhadora – como todas as jovens de sua idade, ainda com dezesseis anos – só tinha olhos para seu primo e pretendente, Maxuel. Emanuelizia era uma moça dedicada à família, cuidava da casa e dos irmãos Eulália, Pietro e as gêmeas recém-nascidas.
No entanto, em troca recebeu a traição por parte do primo, e também noivo, e da irmã Eulália: esta engravidou de Maxuel. Decidida a nunca mais amar, trancou por muito tempo seu coração. Mas, por uma trapaça do destino, apaixonou-se novamente.
Essa mulher foi massacrada por todos e pelo próprio destino, e tornou-se então a maior feiticeira da Espanha e também a rainha dos cabarés. Canta a lenda que bastava um olhar seu para colocar qualquer homem aos seus pés. Emanuelizia nunca conseguiu ficar com o seu único amor, mas também nunca desistiu de vingar-se dele e de todos os que lhe fizeram mal. Dizem que seu espírito ainda clama por vingança e que ela nunca reencarnará até que todos os culpados por sua degradação estejam debaixo de seus pés.
   Tudo o que acontece em nossas vidas não acontece por acaso, na verdade são fases... E essas fases têm que ser aproveitadas devidamente. Lembrem-se de que somos eternamente responsáveis por tudo o que praticamos e cativamos. Ninguém merece sofrer e pagar pelos atos impensados de terceiros que já passaram em nossas vidas, mas também temos que nos lembrar que eles vieram para nos ensinar que não existe nada e ninguém permanecerá conosco por toda a eternidade. Na vida tudo é passageiro e viver dignamente é um dos maiores atos de coragem, pois as tentações do mundanismo e da decadência são muitas e, aparentemente, facilitam a vida do ser humano o deixando futuramente em um completo tormento de solidão. Pensem nisso!
    
Padre: Ângelo Wallejo Moralles
Psicografia de: Adriana Matheus

Dizer da orelha esquerda

... Eu violei as ordens dos meus superiores, e mesmo reencarnada fui uma médium relapsa e mercenária. Eu e Wallejo não somos inimigos. Apenas não falamos a mesma língua. Confesso que obsediei a pessoa quem vos escreve durante muitos anos, caso ela não saiba, ela é a reencarnação da Anna Shaara e também a reencarnação da esposa de Henrico. Hoje trabalhamos juntas e essa é a minha história...



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CAPA DO LIVRO O SEGREDO DOS GIRASSÓIS - O Diário de Anna Goldin


Prólogo

  Estou com vinte e seis anos e vejo que minha vida acabou-se. Vivi nesta curta jornada terrena tudo o que uma pessoa com seus sessenta anos viveu ao longo de sua existência. Mas é claro que, em questão de sofrimentos, fui uma expert. Envelheci muito em três anos aqui, enclausurada neste calabouço frio e escuro, onde fico relembrando os fatos e as situações vividas desde a minha mais tenra infância. Outro dia, pude ver meu reflexo em uma poça d’água que se acumulou no chão, causada pelas diversas goteiras que caem do teto. Quase não me reconheci. A maioria dos meus dentes caiu. Estou tão maltrapilha e suja!  Eles quase conseguiram sujar, também, minha alma. Mas consegui separá-la do meu corpo, para que não fosse maculada pela perversidade humana.
Sinto tanto frio; estou tão cansada e enfraquecida! As dores, antes insuportáveis, agora já parecem mais brandas. Já quase não sinto mais a minha perna. A corrente presa à minha coxa esquerda já tinha parado a circulação, e a sensibilidade já não era mais a mesma. Estou presa a este objeto há um ano ou mais. Não me lembro exatamente de quanto tempo estou aqui. A princípio, para evitar a loucura e a perda de memória, fiz tracinhos nas paredes. Mas, com o tempo, fui me esquecendo até de me levantar para comer o pão e a água que me trazem.
Temo não conseguir colocar neste diário tudo o que me ocorreu durante toda a minha existência. Tenho a esperança de um dia alguém me achar ou se lembrar de mim. Caso isso não venha a ocorrer, sei que minha amiga Juanita encontrará um meio deste diário chegar até às mãos de Maria. Quero que meus irmãos de alma saibam o que passei por amar e por não negar minhas origens. Os horrores e as injustiças que aconteceram em minha vida, envolvendo seres considerados acima do bem e do mal, deixo aqui registrados. Não aumentei e nem inventei absolutamente nada.
Algumas pessoas que se diziam com o poder de direcionar o destino de outras, só pelo simples fato de terem nas mãos um documento chamado Bula Papal, tornaram a minha vida e a de outras mulheres a mais miserável possível. Pessoas que se julgavam Deus ou mensageiros Dele. Seres humanos como eu, mas que pareciam viver em um mundo mental paralelo ao nosso. Parecia que, ao olharem uma mulher, viam nela outra forma de vida aparente. Suas formas de manipular a população eram tão convictas que causavam cegueira e histeria em massa – e, logo, uma espécie de aliança cega entre a população e os inquisidores. Na verdade, a voz do povo não era a voz de Deus, mas sim a voz do inquisidor.
Minha história é muito complexa . Se algum dia esse diário for encontrado e lido por outras pessoas, elas poderão ficar atordoadas e confusas com os relatos registrados aqui. Mas que fique bem claro que este é o meu diário. O diário da minha vida terrena, onde conto a minha trajetória como mortal, mulher, bruxa e como um ser humano esquecido pelo mundo contraditório. Nesta história de vida passada, faço aqui duas regressões e mostro o lado obscuro real da Inquisição. Conto como o preconceito contra as mulheres era superior ao sentimento maior: o amor verdadeiro. A religiosidade era usada para encobrir o lado negro dos sacerdotes. O dinheiro comprava e vendia tudo, até a alma humana.  Os sacerdotes e seus monarcas seguidores fanáticos tinham uma única vontade: manter as mulheres submissas e a população humilde e sem cultura sob os seus pés. Mas, na verdade, os monarcas também eram marionetes destes discípulos do diabo. Pessoas que se mascaravam com uma bondade hipócrita, para não mostrarem a verdadeira face escondida debaixo de peles de cordeiros.
Espero, em nome de Deus, que a humanidade um dia possa evoluir para o seu próprio bem. E que estas almas, ao encarnarem, também possam redimir-se destes pecados que cometeram contra a humanidade. Vivi em um tempo muito desequilibrado e hostil, em que mesmo os que tinham certo estudo viviam na ignorância e no flagelo espiritual. As pessoas não tinham o direito de ir e vir. As palavras, nem em pensamentos poderiam permanecer. Se eu pudesse, aconselharia todos a refletirem sobre seus atos e as consequências que podem advir deles. Amem como se hoje fosse a primeira vez. Esqueçam o passado, deixem as mágoas e quem os magoou para trás. Porque a única coisa que realmente importa é o amor e o perdão.
Espero, minha querida Maria, que encontre este diário e que esta história da qual fez parte seja contada para todos os nossos irmãos e irmãs, de geração em geração. Tenho certeza de que não passei por todas estas coisas em vão. Aprendi muito com a senhora. Sua sabedoria, bondade e benevolência foram minha fonte de inspiração para eu estar aqui, hoje, lutando em registrar estas palavras.
Lembra-se, Maria, de quando mais atrás me ensinou a agradecer a Deus por todos os segundos de nossas vidas, mesmo que eles fossem os últimos? Agradeço, sim, a Ele, mas nunca me esqueço da senhora. Minhas orações são para você, bem como meu amor e gratidão, minha amiga, minha mãe. Sim, pois a senhora foi a única mãe que conheci.
Embora minha vida tenha sido tão curta, pude refletir e compreender que nunca devemos parar de lutar pelo que sonhamos e acreditamos. Sempre lutei e nunca temi ou me arrependo de ter chegado às últimas consequências. Nunca desisti do meu único e verdadeiro amor, embora ele tenha me traído e me abandonado. Nunca desejei mal a ele, mesmo sabendo que pode estar nos braços de outra mulher.  Não odeio nem mesmo meus algozes, pois fazem parte da construção da minha história. Aceitei o dom da mediunidade graças à senhora, Maria, pois aprendi a ser responsável e mais humana. Sei que são curtos os meus dias aqui, minha cara amiga. Mas morro com dignidade e orgulho em saber que me assumo como sou: uma bruxa.
A senhora ensinou-me que a responsabilidade de um médium dobra quando ele ensina alguma coisa a outra pessoa. Espero estar sendo coerente com as palavras aqui. Pois, assim como fui sua discípula, terei discípulos que ouvirão minha história e far-me-ão de exemplo. Sei desta responsabilidade e não quero ser uma lenda e nem um exemplo, pois também falhei. Apenas quero contar como tudo aconteceu comigo. Achei que, por amor, poderia superar os sofrimentos que me seriam impostos. Mas, agora, tenho certeza de que não sabia o quanto o ser humano pode ser cruel em arquitetar uma forma de torturar o outro. A maldade do ser humano é infinita e sem igual.
Seguindo com a minha história...

Sobre a obra:
O Segredo dos Girassóis, da autora Adriana Matheus, narra a trajetória de três pessoas distintas entre si: uma bruxa, um monge e um jovem conde. Mas o que poderiam ter em comum três pessoas tão diferentes? Estariam eles unidos pelo amor ou pelo destino? Nessa fantástica trama de ódio, amor e intrigas, a autora transforma os horrores da Inquisição espanhola em uma magnífica estória em que a fantasia, o romance e a magia misturam-se a uma trama de mistério e sedução.  Convida-se o leitor a viajar através do tempo astral com a personagem principal, Anna Goldin, em uma fantástica aventura cheia de suspense, bom humor e assassinatos misteriosos. Anna Goldin vai mostrar ao leitor que, mesmo no meio dos horrores da Inquisição, ela ainda conseguiu sonhar e ser determinada em suas ideias de liberdade e de igualdade de expressão e religião, conseguindo manter também a dignidade, honrando o valor de uma verdadeira amizade. Anna descobre que o seu único e verdadeiro amor é também o inquisidor que a condenou à fogueira na vida passada. Ela passa por várias decepções até que descobre que mais uma vez havia sido traída pelas pessoas nas quais ela mais confiava... 
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É COM IMENSO PRAZER QUE COMUNICO AOS MEUS LEITORES QUE O LIVRO O SEGREDO DOS GIRASSÓIS IRÁ SE TRANSFORMAR EM UM SERIE BOOK AGORA EM JANEIRO