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quarta-feira, 7 de março de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
CAPA DO LIVRO: UM OLHAR VALE QUE MIL PALAVRAS - A História de uma cortesã
Prólogo
Em uma de suas encarnações, Emanuelizia foi uma jovem de
origem muito humilde, nascida e criada na Espanha, em uma
vilazinha chamada Valença. Sua beleza era sem igual e, com isso, Emanuelizia
conquistou os corações de muitos jovens pretendentes. Mas essa jovem romântica
e sonhadora – como todas as jovens de sua idade ainda com dezesseis anos – só
tinha olhos para seu primo e pretendente, Maxuel. Emanuelizia era uma moça
dedicada à família, cuidava da casa e dos quatro irmãos: Eulália, Pietro e as
pequenas gêmeas ainda recém-nascidas.
No entanto, em troca recebeu a traição por parte do
primo, e também noivo, e da irmã Eulália: esta engravidou de Maxuel.
Emanuelizia, decidida a nunca mais amar, trancou por muito tempo seu coração.
Mas, por uma trapaça do destino, deparou-se com certo jovem enquanto caminhava
à beira-mar, descalça – como sempre gostou de estar – seus olhares fitaram-se e
foi inevitável: estava presa ao amor.
Emanuelizia
conheceu o homem que seria não só o seu amor verdadeiro, mas também o motivo de
toda a sua degradação humana... Ele vestia-se como um lorde de fino trato, cuja
teia teceu em volta da inocente donzela, fazendo-a sonhar de novo...
Emanuelizia caiu sob o maior de todos os feitiços: o amor. Os anos se passaram
e este relacionamento não deu certo, o que levou Emanuelizia
a refletir melhor sobre o suposto amor que sentia por Henrico.
Em uma de suas caminhadas solitárias, a jovem foi
abordada por seis homens. E no momento exato em que achou que seria salva por
seu suposto amor, este simplesmente a surpreendeu com a traição e também abusou
de Emanuelizia. Influenciados pela bebida, diziam que Emanuelizia não era mais
donzela – pois por ela ter sido noiva e por eles não saberem da verdadeira
história da separação entre o casal, julgavam-na mal. Emanuelizia foi violada à beira-mar tendo
apenas o Sol por testemunha. Ela, indefesa, nada pôde fazer nas mãos de sete
homens, cuja maldade desgraçou toda sua vida inocente...
Ao chegar em casa rasgada e suja de sangue, a mãe ouviu
calada e tentou ajeitá-la para que o pai não a visse naquele estado
lastimável... Mas os meses foram se passando e o fruto daquela maldade estava
crescendo... A mãe enrolava e apertava a barriga da jovem mais e mais, com
faixas e espartilhos. Porém, os desmaios e enjoos eram constantes e
inevitáveis. Seu pai, ao descobrir que Emanuelizia estava grávida, esbofeteou-a
e a pobre caiu ao chão, sem nenhuma defesa...
Emanuelizia
perdeu o bebê, o único que tivera em toda aquela encarnação... Seu pai a
expulsou de casa com as roupas do corpo. Emanuelizia, para sobreviver,
prostituiu-se pelas ruas de uma cidadezinha interiorana da França e até roubou.
A sua beleza, porém, logo chamou a atenção de um conde. Ele a levou para o seu
castelo, onde construiu para ela um enorme casarão.
Emanuelizia acolheu em
sua casa todas as moças rejeitadas e maltrapilhas que encontrava pela frente...
Entre elas, Eleanor, que por ter o mesmo nome de sua mestra fez com que
Emanuelizia a escolhesse como discípula. Porém, essa mulher era uma traidora.
Eleanor não só traiu Emanuelizia
como foi expulsa do meio das meninas do casarão e, levando com ela um exército
de mulheres, jurou vingar-se. Eleanor mandou colocar fogo na casa onde
Emanuelizia viveu com suas acolhidas (filhas).
Emanuelizia conseguiu vingar-se dos
sete homens que a estupraram, deixando o sétimo homem por último. Para saber
mais sobre essa história, leia Um olhar vale mais que mil palavras – A história de uma cortesã.
Sinopse
...Ela foi uma jovem de origem muito humilde,
nascida e criada na Espanha em uma vilazinha chamada Valença. Sua beleza era
sem igual e, com isso, Emanuelizia conquistou os corações de muitos jovens
pretendentes. Mas essa jovem romântica e sonhadora – como todas as jovens de
sua idade, ainda com dezesseis anos – só tinha olhos para seu primo e
pretendente, Maxuel. Emanuelizia era uma moça dedicada à família, cuidava da
casa e dos irmãos Eulália, Pietro e as gêmeas recém-nascidas.
No
entanto, em troca recebeu a traição por parte do primo, e também noivo, e da
irmã Eulália: esta engravidou de Maxuel. Decidida a nunca mais amar, trancou
por muito tempo seu coração. Mas, por uma trapaça do destino, apaixonou-se
novamente.
Essa
mulher foi massacrada por todos e pelo próprio destino, e tornou-se então a
maior feiticeira da Espanha e também a rainha dos cabarés. Canta a lenda que
bastava um olhar seu para colocar qualquer homem aos seus pés. Emanuelizia
nunca conseguiu ficar com o seu único amor, mas também nunca desistiu de
vingar-se dele e de todos os que lhe fizeram mal. Dizem que seu espírito ainda
clama por vingança e que ela nunca reencarnará até que todos os culpados por
sua degradação estejam debaixo de seus pés.
Tudo o
que acontece em nossas vidas não acontece por acaso, na verdade são fases... E
essas fases têm que ser aproveitadas devidamente. Lembrem-se de que somos
eternamente responsáveis por tudo o que praticamos e cativamos. Ninguém merece
sofrer e pagar pelos atos impensados de terceiros que já passaram em nossas
vidas, mas também temos que nos lembrar que eles vieram para nos ensinar que não
existe nada e ninguém permanecerá conosco por toda a eternidade. Na vida tudo é
passageiro e viver dignamente é um dos maiores atos de coragem, pois as
tentações do mundanismo e da decadência são muitas e, aparentemente, facilitam
a vida do ser humano o deixando futuramente em um completo tormento de solidão.
Pensem nisso!
Padre: Ângelo Wallejo Moralles
Psicografia de: Adriana Matheus
Dizer da orelha esquerda:
... Eu violei as ordens dos meus
superiores, e mesmo reencarnada fui uma médium relapsa e mercenária. Eu e
Wallejo não somos inimigos. Apenas não falamos a mesma língua. Confesso que
obsediei a pessoa quem vos escreve durante muitos anos, caso ela não saiba, ela
é a reencarnação da Anna Shaara e também a reencarnação da esposa de Henrico.
Hoje trabalhamos juntas e essa é a minha história...
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
CAPA DO LIVRO O SEGREDO DOS GIRASSÓIS - O Diário de Anna Goldin
Prólogo
Estou com vinte e seis anos e vejo que minha vida acabou-se.
Vivi nesta curta jornada terrena tudo o que uma pessoa com seus sessenta anos
viveu ao longo de sua existência. Mas é claro que, em questão de sofrimentos,
fui uma expert. Envelheci muito em
três anos aqui, enclausurada neste calabouço frio e escuro, onde fico
relembrando os fatos e as situações vividas desde a minha mais tenra infância.
Outro dia, pude ver meu reflexo em uma poça d’água que se acumulou no chão,
causada pelas diversas goteiras que caem do teto. Quase não me reconheci. A
maioria dos meus dentes caiu. Estou tão maltrapilha e suja! Eles quase conseguiram sujar, também, minha
alma. Mas consegui separá-la do meu corpo, para que não fosse maculada pela
perversidade humana.
Sinto tanto frio; estou tão
cansada e enfraquecida! As dores, antes insuportáveis, agora já parecem mais
brandas. Já quase não sinto mais a minha perna. A corrente presa à minha coxa
esquerda já tinha parado a circulação, e a sensibilidade já não era mais a
mesma. Estou presa a este objeto há um ano ou mais. Não me lembro exatamente de
quanto tempo estou aqui. A princípio, para evitar a loucura e a perda de
memória, fiz tracinhos nas paredes. Mas, com o tempo, fui me esquecendo até de me
levantar para comer o pão e a água que me trazem.
Temo não conseguir colocar
neste diário tudo o que me ocorreu durante toda a minha existência. Tenho a
esperança de um dia alguém me achar ou se lembrar de mim. Caso isso não venha a
ocorrer, sei que minha amiga Juanita encontrará um meio deste diário chegar até
às mãos de Maria. Quero que meus irmãos de alma saibam o que passei por amar e
por não negar minhas origens. Os horrores e as injustiças que aconteceram em
minha vida, envolvendo seres considerados acima do bem e do mal, deixo aqui
registrados. Não aumentei e nem inventei absolutamente nada.
Algumas pessoas que se diziam
com o poder de direcionar o destino de outras, só pelo simples fato de terem
nas mãos um documento chamado Bula Papal, tornaram a minha vida e a de outras
mulheres a mais miserável possível. Pessoas que se julgavam Deus ou mensageiros
Dele. Seres humanos como eu, mas que pareciam viver em um mundo mental paralelo
ao nosso. Parecia que, ao olharem uma mulher, viam nela outra forma de vida
aparente. Suas formas de manipular a população eram tão convictas que causavam
cegueira e histeria em massa – e, logo, uma espécie de aliança cega entre a
população e os inquisidores. Na verdade, a voz do povo não era a voz de Deus,
mas sim a voz do inquisidor.
Minha história é muito
complexa . Se algum dia esse diário for encontrado e lido por outras pessoas,
elas poderão ficar atordoadas e confusas com os relatos registrados aqui. Mas
que fique bem claro que este é o meu diário. O diário da minha vida terrena, onde
conto a minha trajetória como mortal, mulher, bruxa e como um ser humano
esquecido pelo mundo contraditório. Nesta história de vida passada, faço aqui
duas regressões e mostro o lado obscuro real da Inquisição. Conto como o
preconceito contra as mulheres era superior ao sentimento maior: o amor
verdadeiro. A religiosidade era usada para encobrir o lado negro dos sacerdotes.
O dinheiro comprava e vendia tudo, até a alma humana. Os sacerdotes e seus monarcas seguidores
fanáticos tinham uma única vontade: manter as mulheres submissas e a população
humilde e sem cultura sob os seus pés. Mas, na verdade, os monarcas também eram
marionetes destes discípulos do diabo.
Pessoas que se mascaravam com uma bondade hipócrita, para não mostrarem a
verdadeira face escondida debaixo de peles de cordeiros.
Espero, em nome de Deus, que a
humanidade um dia possa evoluir para o seu próprio bem. E que estas almas, ao
encarnarem, também possam redimir-se destes pecados que cometeram contra a
humanidade. Vivi em um tempo muito desequilibrado e hostil, em que mesmo os que
tinham certo estudo viviam na ignorância e no flagelo espiritual. As pessoas
não tinham o direito de ir e vir. As palavras, nem em pensamentos poderiam
permanecer. Se eu pudesse, aconselharia todos a refletirem sobre seus atos e as
consequências que podem advir deles. Amem como se hoje fosse a primeira vez.
Esqueçam o passado, deixem as mágoas e quem os magoou para trás. Porque a única
coisa que realmente importa é o amor e o perdão.
Espero, minha querida Maria,
que encontre este diário e que esta história da qual fez parte seja contada
para todos os nossos irmãos e irmãs, de geração em geração. Tenho certeza de que
não passei por todas estas coisas em vão. Aprendi muito com a senhora. Sua
sabedoria, bondade e benevolência foram minha fonte de inspiração para eu estar
aqui, hoje, lutando em registrar estas palavras.
Lembra-se, Maria, de quando mais
atrás me ensinou a agradecer a Deus por todos os segundos de nossas vidas,
mesmo que eles fossem os últimos? Agradeço, sim, a Ele, mas nunca me esqueço da
senhora. Minhas orações são para você, bem como meu amor e gratidão, minha amiga,
minha mãe. Sim, pois a senhora foi a única mãe que conheci.
Embora minha vida tenha sido
tão curta, pude refletir e compreender que nunca devemos parar de lutar pelo que
sonhamos e acreditamos. Sempre lutei e nunca temi ou me arrependo de ter
chegado às últimas consequências. Nunca desisti do meu único e verdadeiro amor,
embora ele tenha me traído e me abandonado. Nunca desejei mal a ele, mesmo
sabendo que pode estar nos braços de outra mulher. Não odeio nem mesmo meus algozes, pois fazem
parte da construção da minha história. Aceitei o dom da mediunidade graças à
senhora, Maria, pois aprendi a ser responsável e mais humana. Sei que são
curtos os meus dias aqui, minha cara amiga. Mas morro com dignidade e orgulho
em saber que me assumo como sou: uma bruxa.
A senhora ensinou-me que a
responsabilidade de um médium dobra quando ele ensina alguma coisa a outra
pessoa. Espero estar sendo coerente com as palavras aqui. Pois, assim como fui
sua discípula, terei discípulos que ouvirão minha história e far-me-ão de
exemplo. Sei desta responsabilidade e não quero ser uma lenda e nem um exemplo,
pois também falhei. Apenas quero contar como tudo aconteceu comigo. Achei que,
por amor, poderia superar os sofrimentos que me seriam impostos. Mas, agora,
tenho certeza de que não sabia o quanto o ser humano pode ser cruel em
arquitetar uma forma de torturar o outro. A maldade do ser humano é infinita e
sem igual.
Seguindo com a minha
história...
Sobre a obra:
O Segredo dos
Girassóis,
da autora Adriana Matheus, narra a trajetória de três pessoas distintas entre
si: uma bruxa, um monge e um jovem conde. Mas o que poderiam ter em comum três
pessoas tão diferentes? Estariam eles unidos pelo amor ou pelo destino? Nessa
fantástica trama de ódio, amor e intrigas, a autora transforma os horrores da
Inquisição espanhola em uma magnífica estória em que a fantasia, o romance e a
magia misturam-se a uma trama de mistério e sedução. Convida-se o leitor a viajar através do tempo astral com a personagem
principal, Anna Goldin, em uma fantástica aventura cheia de suspense, bom humor
e assassinatos misteriosos. Anna Goldin vai mostrar ao leitor que, mesmo no
meio dos horrores da Inquisição, ela ainda conseguiu sonhar e ser determinada
em suas ideias de liberdade e de igualdade de expressão e religião, conseguindo
manter também a dignidade, honrando o valor de uma verdadeira amizade. Anna
descobre que o seu único e verdadeiro amor é também o inquisidor que a condenou
à fogueira na vida passada. Ela passa por várias decepções até que descobre que
mais uma vez havia sido traída pelas pessoas nas quais ela mais confiava...
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