Prólogo :
Prólogo
Em uma de suas encarnações, Emanuelizia foi uma jovem de
origem muito humilde, nascida e criada na Espanha, em uma ilazinha chamada Valença. Sua beleza era sem igual e, com isso, Emanuelizia
conquistou os corações de muitos jovens pretendentes. Mas essa jovem romântica
e sonhadora – como todas as jovens de sua idade ainda com dezesseis anos – só
tinha olhos para seu primo e pretendente, Maxuel. Emanuelizia era uma moça
dedicada à família, cuidava da casa e dos quatro irmãos: Eulália, Pietro e as
pequenas gêmeas ainda recém-nascidas.
No entanto, em troca recebeu a traição por parte do
primo, e também noivo, e da irmã Eulália: esta engravidou de Maxuel.
Emanuelizia, decidida a nunca mais amar, trancou por muito tempo seu coração.
Mas, por uma trapaça do destino, deparou-se com certo jovem enquanto caminhava
à beira-mar, descalça – como sempre gostou de estar – seus olhares fitaram-se e
foi inevitável: estava presa ao amor.
Emanuelizia
conheceu o homem que seria não só o seu amor verdadeiro, mas também o motivo de
toda a sua degradação humana... Ele vestia-se como um lorde de fino trato, cuja
teia teceu em volta da inocente donzela, fazendo-a sonhar de novo...
Emanuelizia caiu sob o maior de todos os feitiços: o amor. Os anos se passaram
e este relacionamento não deu certo, o que levou Emanuelizia
a refletir melhor sobre o suposto amor que sentia por Henrico.
Em uma de suas caminhadas solitárias, a jovem foi
abordada por seis homens. E no momento exato em que achou que seria salva por
seu suposto amor, este simplesmente a surpreendeu com a traição e também abusou
de Emanuelizia. Influenciados pela bebida, diziam que Emanuelizia não era mais
donzela – pois por ela ter sido noiva e por eles não saberem da verdadeira
história da separação entre o casal, julgavam-na mal. Emanuelizia foi violada à beira-mar tendo
apenas o Sol por testemunha. Ela, indefesa, nada pôde fazer nas mãos de sete
homens, cuja maldade desgraçou toda sua vida inocente...
Ao chegar em casa rasgada e suja de sangue, a mãe ouviu
calada e tentou ajeitá-la para que o pai não a visse naquele estado
lastimável... Mas os meses foram se passando e o fruto daquela maldade estava
crescendo... A mãe enrolava e apertava a barriga da jovem mais e mais, com
faixas e espartilhos. Porém, os desmaios e enjoos eram constantes e
inevitáveis. Seu pai, ao descobrir que Emanuelizia estava grávida, esbofeteou-a
e a pobre caiu ao chão, sem nenhuma defesa...
Emanuelizia
perdeu o bebê, o único que tivera em toda aquela encarnação... Seu pai a
expulsou de casa com as roupas do corpo. Emanuelizia, para sobreviver,
prostituiu-se pelas ruas de uma cidadezinha interiorana da França e até roubou.
A sua beleza, porém, logo chamou a atenção de um conde. Ele a levou para o seu
castelo, onde construiu para ela um enorme casarão.
Emanuelizia acolheu em
sua casa todas as moças rejeitadas e maltrapilhas que encontrava pela frente...
Entre elas, Eleanor, que por ter o mesmo nome de sua mestra fez com que
Emanuelizia a escolhesse como discípula. Porém, essa mulher era uma traidora.
Eleanor não só traiu Emanuelizia
como foi expulsa do meio das meninas do casarão e, levando com ela um exército
de mulheres, jurou vingar-se. Eleanor mandou colocar fogo na casa onde
Emanuelizia viveu com suas acolhidas (filhas).
Emanuelizia conseguiu vingar-se dos
sete homens que a estupraram, deixando o sétimo homem por último. Para saber
mais sobre essa história, leia Um olhar vale mais que mil palavras – A história de uma cortesã.
A cidade de Cassiopeia precisava de um
herói e a jovem princesa Andrômeda precisava de um homem com coragem suficiente
para salvá-la do cruel destino que a esperava.
Um homem destemido e com fome de
aventura havia sido colocado naquela cidade no momento exato em que aquela
frágil mulher estava prestes a ser amaldiçoada por Posêidon.
Decidido a salvar a mulher pela qual
ele havia se apaixonado à primeira vista, o jovem saiu com seus soldados em
busca de uma resposta para tentar descobrir a forma com a qual ele mataria Kraken,
o monstro que governava os sete mares e filho de Posêidon. Esse jovem destemido
teve seu nome gravado nas estrelas e até hoje, quando olhamos para os céus,
podemos vê-lo. Seu nome era Perseu, o filho de Zeus com a mortal Dânae.
Muitos perigos e aventuras esperavam por aqueles destemidos
jovens que seguiram junto a Perseu. Para saber o final dessa incrível aventura, temos que
mergulhar por dentro das páginas de... Perseu,
o Príncipe dos Heróis!